vigilância

Nos primeiros anos após sua abertura comercial na década 1990, a Internet, antes restrita a espaços acadêmicos, começou a ser acessada por usuários e indivíduos comuns. Estes passaram a povoá-la e usufruir de suas aplicações, contribuindo para o surgimento de ciberculturas. De meados dos anos 1990 até os primeiros anos do novo milênio, não era incomum se deparar com usuários que eram anônimos ou que experimentaram com identidades alternativas no universo virtual dos sites, salas de chat e fóruns. No entanto, não demorou para que as interfaces digitais passassem a abarcar cada vez mais aspectos da vida dos usuários, criando mais espaços em que estes poderiam, ou até deveriam, assumir suas “identidades reais”, como nas primeiras redes sociais ou sites de comércio eletrônico. 

Diante das dificuldades de estruturar digitalmente serviços pagos e fazer frente a uma Internet primitiva, que era conhecida pela facilidade da troca gratuita de conteúdos, modelos econômicos baseados em artifícios publicitários surgiram como soluções para permitir o fluxo de informação nas redes. A evolução meteórica das tecnologias de informação e comunicação deu-se, entre outros fatores, graças à utilização dos dados dos usuários de serviços oferecidos “gratuitamente” na Internet.  Durante a década de 2010, os temas de privacidade digital e proteção de dados pessoais ganharam atenção mundial devido a episódios marcantes que levaram todos a refletir sobre sua relevância tanto para o livre desenvolvimento da personalidade humana quanto para a estruturação das sociedades em que vivemos. 

No LAPIN, nós nos dedicamos a entender as múltiplas implicações que os temas de privacidade e proteção de dados pessoais apresentam para a sociedade moderna.

Confira abaixo nossos trabalhos nesse eixo:

Para onde foram os meus dados? Um guia rápido sobre como proteger seus dados pessoais na internet

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